Pesquisar em "Ferino, Mas Doce!!!"

Powered By Blogger

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A Fábula do Porco-espinho

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.

Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.

Por isso decidiram se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados.
Então precisaram fazer uma escolha: ou desapareciam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.

Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram.

Moral da História

O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro, e admirar suas qualidades.

(Autor desconhecido)

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Meu amigo, seu amigo...

Gostinho de quero mais (não confundir com quero-quero ou pica-pau).


Mein Freund, dein Freund ...
Mi amigo, tu amigo ...
Mon ami, votre ami ...
My friend, your friend ...
Il mio amico, il tuo amico ...
私の友人は、あなたの友人...

Olhando da rede que dá uma visão panorâmica de toda nossa Barra do Sahy particular, vejo um monte de crianças em corpos de adultos se divertindo na piscina. Duas cadeiras de madeira que quase viram cadeiras subaquáticas resistem em não fazer festa também lá dentro. Elas são o objetivo do jogo. É nelas que ficam os “gols” de um esporte recém-inventado chamado de “o clássico” (seja lá o que isso quer dizer). Uma mistura de pólo-aquático, queimada, me-agarra-que-eu-te-agarro, vem-que-te-dou-um-caldo... E por aí vai.

O jogo nem dura tanto assim, mas acaba com essa foto linda que você vê nesta minha nova postagem. Eu não estou nela. Nesse momento, eu era o observador. Um feliz observador. Pessoas muito diferentes umas das outras que, por exatamente curtirem a diferença dos outros, se tornaram semelhantes. Semelhantes na humanidade, semelhantes na irmandade.

Alguns velhos conhecidos de alguma data, outros, os novos amigos de infância uns dos outros. Uma idéia simples de reunir os amigos. E, como todo amigo tem amigos, os amigos dos amigos... Não interessa quem sejam. Se meu amigo leva um amigo dele para estar comigo, é porque meu amigo sabe que o seu amigo será meu amigo também. E... Bingo... Funciona !!!

Durante pouco mais de 49 horas (tivemos um final de semana com uma hora a mais, graças ao final do horário de verão) vivemos emoções que extrapolam o tempo marcado. Emoções que marcam por elas próprias. Apenas porque nós todos existimos juntos, num determinado momento eterno de nossa existência.

Quando não há expectativas, não há desilusões. Um aprendizado que fica pra cada um.
Quando nos reunimos com pessoas das quais não esperamos nada mais do que sua presença integral no agora, a gente vive a vida na hora certa. Na hora que nada depende do que já fiz ou do que vou fazer.

É certo que essa sensação irá mudar com o andar dos relacionamentos. Criamos histórias e, depois, as vivemos e revivemos. Mas conhecer alguém sem expectativa é como mergulhar numa piscina (olha ela aí de novo) sem colocar o pezinho lá primeiro pra sentir sua temperatura. Ao entrarmos na água, já não importa se ela está fria, quente ou morna. O que importa é saber se eu vou conseguir fazer dessa piscina “uma delícia”. E tenho certeza que a Barra do Sahy é uma delícia.

Delícia nos horários malucos de cada um. Daqueles que dormiram bastante e daqueles que juram que duas horas de sono por dia (em média) é mais do que o suficiente. Delícia por um café da manhã compartilhado com pessoas atentas umas às outras, mesmo que algumas delas tenham saído de lá sem saber qual o resultado do cruzamento de um quero-quero com um pica-pau.

Alguns perderam uma tarde maravilhosa na cachoeira... Outros só verão o nascer e/ou o pô-do-sol por DVD. Já outros não presenciaram uma inusitada mandala marinha noturna, na hora que a estrada já nos esperava... Como disse alguém: o que foi aquela mandala?

Mas se alguns perderam algumas coisas foi para ganhar em outras. Outras conversas... Outras vivências. Outros olhares.

No final (um final que apenas começou a existir), todos nós ganhamos.

Ganhamos dos meus amigos, os seus amigos...

Seja lá em que idioma você falar.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Jogar com palavras, ações e sentimentos... E procurar não julgar jamais...

By mim mesmo



Escrever, para mim, sempre foi uma compulsão. Escrevo sobre quase tudo. Escrevo sobre quase nada.

Hoje vou fazer uma crueldade com as palavras: como qualquer estatística faz com os números, vou torturá-las (as palavras) até que elas confessem. Que as palavras e eventuais leitores me perdoem... É um momento muito íntimo de desabafo e, por isso, faço-o no meu blog... Ou seja, vai ler apenas quem estiver a fim de ler.

Então vou começar com algumas frases feitas (o que não quer dizer que não sejam, quase sempre, verdadeiras) que às vezes às jogamos por aí, como “pérolas aos porcos”, conforme li recentemente, provavelmente em outro desabafo (esse um pouco mais público do que o meu), mas que poderia ser também trocado pela Parábola do Semeador (indico esta leitura a respeito).

Com “liberdade poética” (entre aspas para que os verdadeiros poetas me perdoem), vou adicionar (ou tirar) ditos aos ditos e, como bem lembrou uma pessoa que me ensina muito mais do que ela própria imagina (e me propiciou o início de uma caminhada individual tão dura quanto reconfortante – um beijo Zinho “Silva Gaivota” – meu amado padrinho), tentar separar, das pessoas que amamos, seus “feitos” de seus “defeitos”.

Sim... De pessoas que amamos, pois se não as amássemos, não nos fariam a menor diferença. “Feitos” e “defeitos” que também os possuo, afinal, as virtudes estão apenas nos olhos de quem as vêem, assim como a ausência delas, uma vez que cada um de nós somos apenas o que somos. Não o que os outros gostariam que fôssemos.

Um expositor espírita costuma dizer sempre para prestarmos atenção aos gritos das pessoas... “São sempre, na verdade, pedidos desesperados de socorro”, ele diz. Eu sempre adotei com reservas esse pensamento. E errei. Gritaram comigo (acho que era só para gritarem “para” mim) e eu não entendi. Perdão do fundo do meu coração para aqueles, que como faço agora com você que me lê, gritaram para mim e eu não entendi.

Gritaram (mais ou menos é claro... rsrs) uma outra frase feita “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, como se fosse um complemento a um outro aprendizado profundo, difícil de interiorizar, quiça de simplesmente exercitá-lo, muito menos de pô-lo em ação.

Aliás esse pensamento fala de como fazer de suas palavras (que podem ser ao vento) suas ações. Não... O caminho é longo. A frase não é um fim. Você não “vai chegar lá”. A frase é um exercício... Um meio... E, como tal, “fazer com que suas ações confirmem suas palavras” é uma decisão tomada a cada momento. Não apenas para a vida toda, mas para cada coisa que realmente importa.

O que nos incomoda no outro, na verdade, é o que nos incomoda em nós mesmos. Isso é muito mais real do que supõe a nossa vã filosofia.

Ah... Os mistérios... O céu e a Terra...

Amar não é para qualquer um mesmo.

Compreender é para muito poucos.

Perdoar, mais do que divino, é um ato que extrapola a vaidade de “ter razão’. É de ver nos olhos do seu próximo, o quanto você é como ele.

Amar ao próximo, como a si mesmo.

Um beijo para quem não deve esquecer nunca que amo. Ouseja, todos que amo.