Há 40 anos eu ganhava uma bicicleta igualzinha a esta da foto: uma Monareta 72 (ganhei mesmo, dos meus pais, com um ano de atraso... rsrs).
Ela marcou minha vida.
A partir dela me apaixonei pelo esporte.
Ainda hoje trago nas minhas pernas as consequências de praticamente seis anos sem saber o que era colocar os pés no chão (continuo, por incrível que pareça, com a musculatura daquela época, com um pouco mais de gordura, é claro. rs).
Não havia um único trajeto em minha vida, por mais curto ou longo que fosse, que eu não fizesse em cima dela.
Já entre 77 e 78, precisei fazer uma reforma completa na dita cuja, de tão sofrida que ela estava, e ela ficou vermelha, mantendo o banco verde. Uma homenagem, quem sabe, à terra de meus antepassados e de meus sobrinhos queridos, filhos do meu irmão Alexandre.
Quando a reforma dela ficou pronta, eu, ainda menino, lógico, não tinha dinheiro para buscá-la na bicicletaria (era esse o nome das oficinas de bike)...
Nessa época, eu morava com meus tios e segundos pais Roger e Isa...
Fiz um "plantão", meio que de forma "despercebida", na porta da casa que morávamos na Rua Baronesa da Bela Vista, no Campo Belo, em São Paulo, esperando meu tio, e padrinho, sair para o trabalho.
Disse um "tchau" meio que "desinteressado", quando ele passou para entrar no carro. Ele me deu um beijo e deu ré...
Pensei: "não será hoje que vou pegá-la...".
Mas, de dentro do carro, ele viu minha cara de "desesperança", deu uma risada e me chamou.
Mesmo sem dinheiro (eu sei que naquela hora ele não tinha), me deu um cheque que eu também sei que teria que correr atrás depois para cobri-lo fui lá pegá-la de volta, morrendo de felicidade.
Não sei se você lembra disso tio, mas foi uma das maiores provas de amor que recebi da vida.
Nunca esqueci e nunca vou esquecer. Eu amo vocês, tio e tia, com muita saudade dos dois. Um aqui por perto que não vejo e outra já na Espiritualidade, preparando nossa chegada por la!
Clique no vídeo acima e dê uma voltinha comigo, querido leitor!