Pesquisar em "Ferino, Mas Doce!!!"

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Escuto, mas não ouço...

Se tens o dom de ler as sementes do tempo,
E dizer quais hão de germinar, e quais não,
Falai.


(William Shakespeare)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nem sempre quando você acorda, você abre os olhos.

Nem sempre quando você acorda, você abre os olhos.

Nos últimos tempos isso tem acontecido muito comigo, a ponto de permanecer na cama por muito... muito tempo, com a esperança vã de que uma luz do nada surja e te coloque em seu próprio caminho (O Caminho da Luz).

Quando eu acordo e não enxergo por não usar meus olhos, procuro os olhos daqueles que eu amo e que sei que me amam: meus filhos, meus irmãos, minha mãe... e busco a presença espiritual de meu pai, sempre um amigo que está bem ao meu lado, além de primos, tios... e meus avós que mal conheci.

Além deles, tenho tido a ajuda dos olhos (ah... e dos ouvidos...) de amigos. Ah... Como é bom ter amigos.

Poderia falar de vários deles aqui hoje, que me ligam, me pegam em casa para andar pelos parques da vida, param para tomar um café (ou um chocolate incrementado), que me mandam e-mails, torpedos, mensagens no Orkut e Facebook e gastam momentos preciosos de suas vidas em conversar filosóficas pelo MSN, ouvindo as minhas terapias pessoais que faço quando dou aulas ou faço palestras. Pessoas que se importam comigo, com uma simples pergunta “você tá bem hoje?” ou com o complexo hábito recém-adquirido de voar junto comigo.

Eu amo cada uma dessas pessoas.

Algumas pessoas que amo nem acreditam muito nisso... Entendem o amor de uma forma diferente, sem saber que amar é verbo de conotação irreversível. Quem conquista o amor a alguém não tem como voltar atrás. Não porque às vezes não queira (até tentamos), mas porque amor é “conquista” e, assim sendo, não se perde... Não se deixa de lado... Não se esquece... Ama-se, e ponto.

Ao chegar cedo ao trabalho hoje fui surpreendido com um gesto simples de carinho, mas recheado desse amor que conquistamos e que nos conquistam: Um envelope comercial com um livro dos mais singelos e belos: “Amigos de Verdade”, de Bradley Trevor Greire (Editora Sextante).



Além do livro, um CD com músicas lindas que falam de sentimentos que nos elevam e colocam pra cima (Ta perdoado; Mar e Sol; Linda Rosa; Amado; Versos Simples; Esnoba; Tudo Sobre Você; Malemolência; Com essa Cor; Palavras ao Vento; Diz que Fui Por Aí; e Você). “A música que da ‘graça’ em nossas vidas. E as torna mais leve.”, escreveu no CD a pessoa que me deu.

Na dedicatória e nos agradecimentos do autor no início do livro, palavras que calam fundo numa alma que anda atormentada. Ele diz...

“Para aqueles que acreditaram em mim quando eu não mais acreditava em mim mesmo. Para aqueles que com seu sorriso removeram a sombra do meu rosto. Para aqueles que trocaram sem regatear, sua alegria sincera pelos meus pesares. Para aqueles cujo amor e cujo riso me deram asas e um céu azul para voar. Para aqueles por quem minha gratidão será sempre pequena, nesta vida ou na próxima. Para meus amigos.”.

“Hoje eu não apenas desfruto ainda mais do que antes da minha família extraordinária como a grande verdade é que, de repente, passei a ver todos meus amigos sob uma luz inteiramente nova. Agora eu percebo quão importantes eles têm sido em todos os aspectos da minha vida; de muitas formas, meus amigos passaram também a fazer parte da minha família. Ou, para dizê-lo de outro modo, hoje eu vejo que me cerquei de uma família de amigos. Tenho muito que lhes agradecer e desconfio que muitas pessoas sentem a mesma coisa...”.

Faço minhas essas palavras de Greive. Como se cada uma tivesse saído de minha cabeça como saiu da dele.

E, para terminar, a dedicatória que esta pessoa que me surpreendeu fez para mim:

“Syl,
Eu quero te ver feliz!
E você tem todas as ferramentas para isto.
Caso as esqueça, estou aqui para lembrá-lo.
Somos o porto seguro um do outro e tenho certeza que conseguirá!
Com muito amor,
Big Litle
21/07/2010”



Big Litle... Cada vez mais Big e cada dia menos Litle...

Levei o exato tempo do CD para escrever isso tudo.
Se alguém perguntar por mim...
Diz que fui por aí.
Eu te amo.
Obrigado porque só obrigado diz tudo o que quero te dizer.

Sylvio

sexta-feira, 16 de julho de 2010

É muito bom ter pessoas e bichos amados por perto... E no céu...

Carol, pra você que me mandou a música e que tem me aguentado bastante. Rsrs
Bianca, pra você, a quem eu ofereço a música e meu coração.



Naomy, pra você também meu amor... Mas em nome da Bibinha, tá?
Se divirta no "Céu dos Cachorrinhos".





terça-feira, 13 de julho de 2010

Palestra: "O Mito da Caverna de Platão e o Movimento Espírita"



O Mito da Caverna de Platão e o Movimento Espírita

Data:
segunda, 19 de julho de 2010
Hora:
20:00 - 21:30
Localização:
Congregação Espírita Maria Benta
Rua:
Rua Vieira Portuense, 341 - Jabaquara - 04347-080 (perto da estação Jabaquara do metrô) - (011) 5012-4474
Cidade:
São Paulo, Brazil

Descrição 

Palestra de Sylvio Montenegro.

Platão descreve como uma determinada comunidade, que durante várias gerações viveu enclausurada numa caverna, tendo como única forma de contato com o mundo exterior os fachos de luz oriundos de fora refletidos nas paredes da caverna.

Durante anos, o estudo dessas sombras baseou todo o conhecimento e cultura desse povo, até que uma pessoa menos adaptável resolveu sair da caverna, explorar o mundo, e voltar para contar o que aprendeu.

Faço um paralelo disso com o movimento espírita.

Esta palestra nasceu de um trabalho de pós-graduação sobre "as imagens das instituições", de como empresas, associações etc. acabam por se tornarem escravas de formas consagradas de pensamentos, perdendo o rumo da evolução.

Sobre o palestrante:

Sylvio Montenegro - 46 anos - divorciado - dois filhos
Jornalista, com atuação especializada na crônica esportiva e, atualmente, assessor de imprensa da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo.

Espírita há 30 anos, sendo todos dentro da Seara Bendita - Instituição Espírita, onde é expositor dos Cursos Básico e de Educação Mediúnica, além de cursos específicos para crianças, adolescentes e jovens.

Foi diretor da Área de Infância e Juventude da Seara por quatro anos e vice-diretor por outros oito anos.



Futuros amantes



Composição: Chico Buarque
Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num
fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão
decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

O Grito



                                                     Martha Medeiros



Não sei o que está acontecendo comigo, diz a paciente para o psiquiatra.
Ela sabe.

Não sei se gosto mesmo da minha namorada, diz um amigo para outro.

Ele sabe.

Não sei se quero continuar com a vida que tenho, pensamos em silêncio.
Sabemos, sim.

Sabemos tudo o que sentimos porque algo dentro de nós grita.

Tentamos abafar esse grito com conversas tolas, elucubrações, esoterismo, leituras dinâmicas, namoros virtuais, mas não importa o método que iremos utilizar para procurar uma verdade que se encaixe em nossos planos: será infrutífero. A verdade já está dentro, a verdade se impõe, fala mais alto que nós, ela grita.

Sabemos se amamos ou não alguém, mesmo que esteja escrito que é um amor que não serve, que nos rejeita, um amor que não vai resultar em nada. Costumamos desviar esse amor para outro amor, um amor aceitável, fácil, sereno. Podemos dar todas as provas ao mundo de que não amamos uma pessoa e amamos outra, mas sabemos, lá dentro, quem é que está no controle.

A verdade grita. Provoca febre, salta aos olhos, desenvolve úlceras. Nosso corpo é a casa da verdade, lá de dentro vêm todas as informações que passarão por uma triagem particular: algumas verdades a gente deixa sair, outras a gente aprisiona e finge esquecer. Mas há uma verdade única: ninguém tem dúvida sobre si mesmo.

Podemos passar anos nos dedicando a um emprego sabendo que ele não nos trará recompensa emocional. Podemos conviver com uma pessoa mesmo sabendo que ela não merece confiança. Fazemos essas escolhas por serem as mais sensatas ou práticas, mas nem sempre elas estão de acordo com os gritos de dentro, aquelas vozes que dizem: vá por este caminho, se preferir, mas você nasceu para o caminho oposto. Até mesmo a felicidade, tão propagada, pode ser uma opção contrária ao que intimamente desejamos. Você cumpre o ritual todinho, faz tudo como o esperado, e é feliz, puxa, como é feliz.

E o grito lá dentro: mas você não queria ser feliz, queria viver!

Eu não sei se teria coragem de jogar tudo para o alto.

Sabe.

Eu não sei por que sou assim.

Sabe.