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Gostinho de quero mais (não confundir com quero-quero ou pica-pau). |
Mein Freund, dein Freund ...
Mi amigo, tu amigo ...
Mon ami, votre ami ...
My friend, your friend ...
Il mio amico, il tuo amico ...
私の友人は、あなたの友人...
Olhando da rede que dá uma visão panorâmica de toda nossa Barra do Sahy particular, vejo um monte de crianças em corpos de adultos se divertindo na piscina. Duas cadeiras de madeira que quase viram cadeiras subaquáticas resistem em não fazer festa também lá dentro. Elas são o objetivo do jogo. É nelas que ficam os “gols” de um esporte recém-inventado chamado de “o clássico” (seja lá o que isso quer dizer). Uma mistura de pólo-aquático, queimada, me-agarra-que-eu-te-agarro, vem-que-te-dou-um-caldo... E por aí vai.
O jogo nem dura tanto assim, mas acaba com essa foto linda que você vê nesta minha nova postagem. Eu não estou nela. Nesse momento, eu era o observador. Um feliz observador. Pessoas muito diferentes umas das outras que, por exatamente curtirem a diferença dos outros, se tornaram semelhantes. Semelhantes na humanidade, semelhantes na irmandade.
Alguns velhos conhecidos de alguma data, outros, os novos amigos de infância uns dos outros. Uma idéia simples de reunir os amigos. E, como todo amigo tem amigos, os amigos dos amigos... Não interessa quem sejam. Se meu amigo leva um amigo dele para estar comigo, é porque meu amigo sabe que o seu amigo será meu amigo também. E... Bingo... Funciona !!!
Durante pouco mais de 49 horas (tivemos um final de semana com uma hora a mais, graças ao final do horário de verão) vivemos emoções que extrapolam o tempo marcado. Emoções que marcam por elas próprias. Apenas porque nós todos existimos juntos, num determinado momento eterno de nossa existência.
Quando não há expectativas, não há desilusões. Um aprendizado que fica pra cada um.
Quando nos reunimos com pessoas das quais não esperamos nada mais do que sua presença integral no agora, a gente vive a vida na hora certa. Na hora que nada depende do que já fiz ou do que vou fazer.
É certo que essa sensação irá mudar com o andar dos relacionamentos. Criamos histórias e, depois, as vivemos e revivemos. Mas conhecer alguém sem expectativa é como mergulhar numa piscina (olha ela aí de novo) sem colocar o pezinho lá primeiro pra sentir sua temperatura. Ao entrarmos na água, já não importa se ela está fria, quente ou morna. O que importa é saber se eu vou conseguir fazer dessa piscina “uma delícia”. E tenho certeza que a Barra do Sahy é uma delícia.
Delícia nos horários malucos de cada um. Daqueles que dormiram bastante e daqueles que juram que duas horas de sono por dia (em média) é mais do que o suficiente. Delícia por um café da manhã compartilhado com pessoas atentas umas às outras, mesmo que algumas delas tenham saído de lá sem saber qual o resultado do cruzamento de um quero-quero com um pica-pau.
Alguns perderam uma tarde maravilhosa na cachoeira... Outros só verão o nascer e/ou o pô-do-sol por DVD. Já outros não presenciaram uma inusitada mandala marinha noturna, na hora que a estrada já nos esperava... Como disse alguém: o que foi aquela mandala?
Mas se alguns perderam algumas coisas foi para ganhar em outras. Outras conversas... Outras vivências. Outros olhares.
No final (um final que apenas começou a existir), todos nós ganhamos.
Ganhamos dos meus amigos, os seus amigos...
Seja lá em que idioma você falar.