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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Recebe o afeto que se encerra


Pode parecer piegas, mas eu me emociono com coisas que, para muitos, seriam banais.

Quando, no início da década de 90, eu comecei a conviver com a Síndrome do Pânico (que agora parece que virou um simples “transtorno de pânico”), eu tinha crises de choros por pequenas coisas: uma notícia triste no noticiário da TV; uma manifestação, mesmo que singela, de carinho e amizade; um nascer ou se pôr do sol; até alguns comerciais de produtos que nunca usei.

A Síndrome, depois de anos de tratamento e cuidados, está sob controle há anos (mas eu fico experto com ela...), mas a emoção jamais foi embora. Apenas ficou mais seletiva. Ainda bem.

Uma coisa que me emociona, apesar de achar que, nesses tempos de humanismo universal, patriotismo não seja exatamente um sentimento assim tão louvável, é a Bandeira Nacional do Brasil.

Não me pergunte o porquê, mas ela me emociona. Apesar de nem concordar com o lema positivista de Auguste Comte que nela está semiperpetuado (espero que um dia, pelo menos, o invertamos para Progresso e Ordem). Tanto ela, quanto o hino que a homenageia: o Hino à Bandeira Nacional.

Neste dia 19 de novembro comemoramos mais um Dia da Bandeira e hoje, dia 18, quando eu estava deixando minha mãe em seu trabalho pela manhã, ouvi a execução desse hino que estava sendo ensaiado na sede do 2º Exército Brasileiro, ali no quartel do Ibirapuera, aqui em são Paulo.

Chegando ao trabalho, a melodia não me saiu da cabeça e resolvi escrever sobre isso.

Reencarnacionista que sou, tenho convicção que nascer no Brasil não foi uma escolha aleatória. Muito menos única. Não é a primeira e, espero, nem ser a última vez que vivo aqui. Amo este país com todos os seus “senões”. Um amor pela nossa forma adulta de viver a vida, sem aquelas rabugices de quem só vê os aspectos ruins de tudo e não consegue viver o que há para viver.

Muitos perguntarão de onde tirei essa “forma adulta”... E eu direi o seguinte: a vida é mais do que apenas constatar as coisas que não vão bem. A vida é, sim, fazer essas constatações, mas é, também, saber o tempo certo de agir sobre elas. Mas agir. Mas ainda é mais do que isso. A vida é seguir adiante. Fazer acontecer. Dar um jeito em tudo. Pois é... O “jeitinho brasileiro” tão criticado, para mim, desde que não envolva falcatruas é lógico, é uma forma adulta de seguir adiante e esperar o melhor momento de colocar as coisas em ordem...

Talvez esteja aí, acho eu, a justificativa de preferir primeiro o Progresso à Ordem.

Enfim... Fato é que adoro nossa Bandeira e o Hino a ela destinado.

Fica aqui minha homenagem a este país tão plural...

Tão plural que aceita até as manifestações daqueles que defendem o “calar a boca” de alguns quando não concordam com eles.

Diria Voltaire que “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”.

E durma-se com um barulho desses!


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