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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Uma bicicleta, uma história e uma declaração de amor!

Hoje, ao ler um post da minha prima Silvia, no Facebook, sobre a volta dela aos pedais, viajei no tempo e fui atrás de um passado que nunca se apagou em minha vida.

Há 40 anos eu ganhava uma bicicleta igualzinha a esta da foto: uma Monareta 72 (ganhei mesmo, dos meus pais, com um ano de atraso... rsrs).




Ela marcou minha vida.

A partir dela me apaixonei pelo esporte.

Ainda hoje trago nas minhas pernas as consequências de praticamente seis anos sem saber o que era colocar os pés no chão (continuo, por incrível que pareça, com a musculatura daquela época, com um pouco mais de gordura, é claro. rs).

Não havia um único trajeto em minha vida, por mais curto ou longo que fosse, que eu não fizesse em cima dela.

Já entre 77 e 78, precisei fazer uma reforma completa na dita cuja, de tão sofrida que ela estava, e ela ficou vermelha, mantendo o banco verde. Uma homenagem, quem sabe, à terra de meus antepassados e de meus sobrinhos queridos, filhos do meu irmão Alexandre.

Quando a reforma dela ficou pronta, eu, ainda menino, lógico, não tinha dinheiro para buscá-la na bicicletaria (era esse o nome das oficinas de bike)...

Nessa época, eu morava com meus tios e segundos pais Roger e Isa...

Fiz um "plantão", meio que de forma "despercebida", na porta da casa que morávamos na Rua Baronesa da Bela Vista, no Campo Belo, em São Paulo, esperando meu tio, e padrinho, sair para o trabalho.

Disse um "tchau" meio que "desinteressado", quando ele passou para entrar no carro. Ele me deu um beijo e deu ré...

Pensei: "não será hoje que vou pegá-la...".

Mas, de dentro do carro, ele viu minha cara de "desesperança", deu uma risada e me chamou.

Mesmo sem dinheiro (eu sei que naquela hora ele não tinha), me deu um cheque que eu também sei que teria que correr atrás depois para cobri-lo fui lá pegá-la de volta, morrendo de felicidade.

Não sei se você lembra disso tio, mas foi uma das maiores provas de amor que recebi da vida.

Nunca esqueci e nunca vou esquecer. Eu amo vocês, tio e tia, com muita saudade dos dois. Um aqui por perto que não vejo e outra já na Espiritualidade, preparando nossa chegada por la!



Clique no vídeo acima e dê uma voltinha comigo, querido leitor!

6 comentários:

  1. Poxa, Sylvio, me identifiquei com seu texto. Também ganhei uma Monareta 70 , ano da copa,e sei o quanto foi suado para meu pai compra-la. Foi um presente inesquecível e, ao invés do Campo Belo, percorri cada metro quadrado do Belenzinho com ela. As minhas andanças, como o vento na cara ao subir e descer a toda velocidade o recém inaugurado viaduto Guadalajara sobre a Radial Leste, guardarei para sempre na memória. Que tempos bons aqueles, não !?? Forte abraço !
    Eduardo Filippini
    https://www.facebook.com/edufilippini

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    1. Verdade Edu... Infelizmente, nessas voltas que a vida dá, foi justamente por causa do Viaduto Guadalajara que eu morava com meus tios. Em 73, meus pais sofreram um acidente gravíssimo de carro sobre esse viaduto e, internados por muito tempo, não podiam cuidar dos três filhos (eu com dez anos, minha irmã com doze e meu irmão mais novo, citado no texto, com três). Cada um de nós foi morar com seus respectivos padrinhos e, a partir daí, tenho essa história feliz pra contar. Como diria Roberto Carlos, se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi! Abraços.

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  2. Silvia Montenegro Siqueira23 de agosto de 2013 às 17:33

    Primo...não conhecia essa história, mas consigo vê-la acontecendo.Era uma época de muitas dificuldades, mas recheada de delícias. Cada nova possibilidade, ainda que fosse buscar a velha bicicleta (sim, porque "bikes" elas só viriam a ser anos-luz depois...)reformada, na bicicletaria, era uma conquista,aguardada com ansiedade e saboreada lentamente...
    Minha memória é uma grande droga e não tenho, guardada, nenhuma história semelhante, apesar de ter certeza de que vivi muitas delas. Lembro-me com razoável clareza (até parece que tenho uns 90 anos...rsrs), dos passeios ciclísticos da primavera, em que rodávamos São Paulo, a partir do Ibirapuera. Lembro-me de muitos de nós, na rua da mamãe, descendo a ladeira, a partir do final da rua, até a Invernada...Tempo bom, boas lembranças.
    Lindo seu texto. Dê um jeito de enviá-lo ao tio Roger. Ele vai gostar.

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    1. Eu lembro mesmo de muitas coisas. Aos poucos elas vão reaparecendo. Marquei todos no texto no Face, com a ideia do Tio Roger realmente ler. Acho que ele lerá. Um beijo!

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  3. Querido Sylvio.
    Tia Iza e eu, tivemos a grande felicidade de poder ter você ao nosso lado por um longo e breve tempo, tanto na baronesa de Bela Vista com na excente e maravilhosa "Recife". Foi la que você tirou habilitação de moto (eu tambem aproveitei e tirei a minha)Tenho muita recordação, quando você, dirigia o "Amarelinho" para vendermos sanduiche nas praias e jogos do campeonato Pernambucano.
    Lembro também das palavras do Roginho quando queria falar de você ou com você... "SULVIO" onde cê tá. Você foi para nós um excelente filho e irmão dos pequenos Chris, Roger e Beth. Tia Iza sempre o tratava com muito amor, pois assim ela o tinha com seu filho.
    Obrigado FILHO pelas palavras recordadas do "tempo" que eu não mais lembrava. Espero um dia poder abraçá-lo e dizer em bom tom o quanto te AMO.

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    1. Que bom que você leu isto tio... Fiquei feliz e, mais uma vez, emocionado. Saudades. Um beijo, de seu filho e afilhado!

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